terça-feira, 26 de outubro de 2010

Volta tudo ao mesmo...

Hoje quando cheguei a casa abri a minha caixa de e-mail e deparei-me com um mail, parecendo um de tantos outros, a verdade é que não tou com muita paciência, os acontecimentos dos últimos tempo, têm-me feito regressar aquilo que pensei estar a superar muito bem, de facto achava estranho estar a conseguir superar alguns obstáculos, mas tenho percebido que afinal não. Regressou o stress, e com eles a grande entrave de tomar decisões e com isso a tristeza e com isso o choro e com isso a saudade, etc.
Abri esse e-mail e senti algo de especial nele, eram "13 conselhos para a vida..."
Lindo o mail e parece que adivinharam, hoje no envio de mails para mim...
Gostaria de partilhar alguns destes concelhos que tinha no mail, para mim se calhar nesta altura os que vou expor são os que fazem mais sentido ou que me fiaram mais marcados, talvez estivesse mesmo a precisar deles...
"O verdadeiro amigo é aquele que segura a tua mão e toca o teu coração" Estou de facto a precisar deste amigo...
"A pior maneira de sentires a falta de alguém é sentares-te a seu lado e saberes que ele/a nunca estará do teu lado"
" Talvez Deus queira que tu conheças muitas pessoas más antes de conheceres a pessoa boa, a fim de que possas ficar grato quand, enfim, conheceres a pessoa boa"
"Não corras demasiado; as melhores coisas chegam quando menos se esperam..." E eu espero bem que sim, ou melhor vou tentar não esperar para ver se acontecem... :-(

Dualidade

Na vida não sabemos o que esperar.
Será bom, será mau...
É aquilo que Deus quiser dar.
Será bom, será mau...

Bom e mau, dois pontos,
Duas realidades
A vida se traduz
Em pequenas afinidades

Dualidade,
Pode ter interpretações diversas,
Mas será que falamos
Em dura realidade?

Sim, dura, muito dura...
Se de um lado temos a vida,
Do outro a morte,
Que nos traz infelizes sentimos.
Angústia de muitos momentos
Sensação de um corte.
Corte involuntário,
Que dura, dura e dura...
Mas quando a alegria pode voltar?
Estará distante?
Quando lá em cima entrar...
Num lugar fascinante...

Enquanto por cá estiver,
Esta vida terei de aceitar.
Quem disse que fácil iria ser?
Terei de aprender a viver?

Noite

Quando a noite cai
Mais um dia termina
Toda a gente da rua sai
Mas no céu uma estrela brilha

Tão pequenina, tão distante
És tu que lá estás!
Brilha, brilha estrela radiante,
Diz-me o que a vida me traz.

Vida! Que sabemos nós dela?
Será que me consegues dizer?
Porque nos deixaste sozinhas nela?
Também custou viver?

E agora, estas respostas,
Quem me vai dar?
Será que estão expostas,
E eu nem consigo olhar?

Será assim tão evidente?
Mas olho em meu redor...
Com olhar triste e doente,
E o coração... Este cheio de dor.

Uma dor que insiste em não passar
Sempre a reclamar...
Insiste em dizer:
“Estou aqui para ficar!”

Depois de tanto escrever,
As minhas dúvidas e medos expor,
Será que a noite me vai dizer
Que a vida se leva com amor?

Mas quem não se ama,
Amado não pode ser,
Também não pode outros amar.
Apesar de ouvir os outros dizer:
“Eu gosto de ti!”
Fica sempre a desconfiança
De não ter ninguém a quem agarrar
Quando realmente falta a esperança.

A noite se prolonga...
As dúvidas e as incertezas também
A vida vai ser longa,
Neste vai e vem...

A noite está agitada,
Espera o amanhecer.
Amanhã será outro dia,
E depois volta a anoitecer...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Solidão

Sentirmo-nos sós é das piores sensações que podemos ter. Sentimo-nos abandonados, um frio que cobre todo o corpo, mas, não é um frio normal, um frio que nos transmite uma sensação muito estranha, o coração vazio, despedaçado...
Muitos têm sido os momentos em que me tenho sentido assim. Há momentos em que precisamos de um carinho, de uma atenção, de uma palavra, um simples, mas caloroso abraço, e, para mim esta é a manifestação mais cordial, mais sentida, mais bonita de se receber quando os sentimos assim. O abraço... como gostava de receber um abraço sentido, que me aconchegasse como que a dizer: “Eu estou aqui contigo e irei proteger-te sempre “. Transmitir imensa segurança e dá-nos um apoio muito peculiar em certos momentos da vida.
Neste momento sinto que estou a encontrar pessoas assim, claro, é necessário ganhar a sua confiança, afecto e empatia, mas espero lá chegar e quando olharem para mim perceberem se preciso ou não do caloroso abraço.
Muito obrigada a essas pessoas que têm surgido no meu caminho... Algumas não sabem, mas estão a fomentar algo numa pessoa para que não caminhe para esta solidão...
Por isso olha, de vez em quando, com o olhar das emoções, abraça, acolhe e protege quem do teu abraço necessitar.

Perder (Cont)

Para tentar suavizar um pouco esta dor, esta SAUDADE que foquei no texto Perder, e tentar estar mais próxima de quem muito gosto, escrevi este poema, simples mas que diz o que vai na alma e que singulariza a inocência de uma criança, de uma infância distante marcada pela tristeza:
PAI
Como é bom,
A alegria de um Pai.
É um dom
Um bocado de nós que nunca sai.

Pai, palavra como Mãe,
Com três letrinhas apenas podemos escrever,
E das mais belas que o mundo tem.
Sentimento mais belo de descrever.
Mas quando os sentimos distantes,
Algo em nós não está bem.
São vidas pelo abismo deslizantes...
Procuramos uma explicação...
Mas ela não vem.
Ouvimos o nosso coração e percebemos:
Apenas fica a recordação.

Recordação de uma infância distante
Marcada pela alegria,
Que com grande tristeza
Passou a uma mágoa imprudente.
Mágoa que teima e esvazia
Nosso coração.
Que se traduz num órgão doente
Ficando apenas a sentida recordação,
Apresentada em demasiada emoção.

                                                          De quem nunca te esquecerá!

Quando gostarei de mim?

Gosto imenso quando sinto uma pessoa com uma grande auto-estima, mas que apesar disso não perdem aquele toque de Humildade que faz bem a toda a gente.
É bom ver aquelas pessoas que acordam mais cedo pra irem para o espelho, todos os dias, põem o rímel, a base, a sombra, o batão, os brincos, o colar, mais um toque, agora a roupa, a saia, o casaco, o fato, a gravata.... Saem de casa e encaram cada dia como uma vitória e como um dia diferente.
Gosto daquelas pessoas que têm confiança no que fazem, dizem e na forma como se relacionam, assumindo aquilo que são sem pudores, sem preconceito ou medo. Adoro aquelas pessoas que dizem eu sou... e eu gosto de mim assim com todos o defeitos e virtudes que tenho...
Como eu gostaria de um dia poder vir dizer isto e agir de forma semelhante. Muitas vezes me pergunto: O que fazer para gostar de mim, para me aceitar como sou? Pois só assim (quando gostar verdadeiramente de mim) é que poderei gostar dos outros e os ouros poderão gostar de mim e aceitar-me como sou. Quem não gosta de si mesmo, também não pode ser amado, apreciado pelos outros.
Vivo numa luta constante para que isso aconteça comigo. Só quando me aliviar dos fantasmas que atormentam, gostar de mim e me aceitar, é que poderei viver bem. Ainda tenho um longo caminho a percorrer: mudar a minha imagem, ter confiança em mim e agir naturalmente. Contudo como não vemos resultados imediatos o desânimo surge e a vontade de desistir é imensa. Por isso ainda hoje me pergunto, depois de todo o cansaço que se assume nesta luta sem resultados: “Quando gostarei de mim? Quando vou amar e ser amada?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Perder

Ultimamente sinto-me a perder... sinto-me perdida...
Perder alguém importante para nós molda-nos a nós mesmos e à nossa vida. Nunca mais somos os mesmos, leva-nos um pedaço de nós, ao início até parece que nada se passou e somos indiferentes a isso, mas o ouvir constantemente falar nessa pessoa começa a mexer e mexe de tal forma que sentimos outras reacções físicas que nos deixam inquietos.
O tempo passa, parece que foi esquecido, mas não... Fica sempre uma ferida aberta que vai doendo, doendo cada vez mais, continua a moldar a nossa vida e em vez de aceitarmos o que nos vai acontecendo, não, vai surgindo cada vez mais uma revolta, até porque outras pessoas vão querendo entrar e ocupar um lugar que não lhes pertence. Aí a revolta cresce, a saudade aumenta e a vida torna-se assim um ciclo vicioso, com uma vontade imensa de fugir, de desaparecer, de ir de encontro a alguém que perdemos e de quem a SAUDADE aumenta...
Como é que hoje passados tantos anos irei conseguir ultrapassar esta dor, como irei conseguir fazer um luto que em criança não se consegue fazer?
É assim que vai a minha vida cheia de pontos de interrogação, cheia de dúvidas, incertezas, confusões...
Como podemos contornar tudo isto?
São algumas respostas que procuro na imensidão de perguntas que me sustentam o pensamento, dia e noite, dia e noite e ainda não consegui resposta...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Boas Vindas!

Olá a todos!
Sejam bem-vindos ao meu blog. Ele surge da necessidade de me expressar de uma outra forma, para quem quiser ler, comentar, dar a sua opinião e até ajudar-me. Pretendo um espaço livre.