segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Perder (Cont)

Para tentar suavizar um pouco esta dor, esta SAUDADE que foquei no texto Perder, e tentar estar mais próxima de quem muito gosto, escrevi este poema, simples mas que diz o que vai na alma e que singulariza a inocência de uma criança, de uma infância distante marcada pela tristeza:
PAI
Como é bom,
A alegria de um Pai.
É um dom
Um bocado de nós que nunca sai.

Pai, palavra como Mãe,
Com três letrinhas apenas podemos escrever,
E das mais belas que o mundo tem.
Sentimento mais belo de descrever.
Mas quando os sentimos distantes,
Algo em nós não está bem.
São vidas pelo abismo deslizantes...
Procuramos uma explicação...
Mas ela não vem.
Ouvimos o nosso coração e percebemos:
Apenas fica a recordação.

Recordação de uma infância distante
Marcada pela alegria,
Que com grande tristeza
Passou a uma mágoa imprudente.
Mágoa que teima e esvazia
Nosso coração.
Que se traduz num órgão doente
Ficando apenas a sentida recordação,
Apresentada em demasiada emoção.

                                                          De quem nunca te esquecerá!

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